10 dicas para os professores estimularem seus alunos.
Sugestões práticas de como seus alunos podem aumentar o rendimento na sala de aula.
1. DESCOBRIR COMO O ALUNO ESTUDA
Sugestão de perguntas:
Você leu os capítulos que indiquei antes de fazer a prova? Leu antes de vir para a aula, depois ou somente antes do teste? Quanto tempo de estudo dedicou para fazer a prova? Leu os capítulos uma vez ou mais?
Essas perguntas permitem inferir a frequência com que visitam o conteúdo e verificar o quanto a repetição está relacionada à formação e à evocação de memórias.
2. OBSERVAR A PRESENÇA EM AULA E O HÁBITO DE TOMAR NOTAS
Considerando primeiramente que o aluno frequenta as aulas regularmente, você pode perguntar o seguinte:
Você revisa suas anotações após a aula para corrigir erros? Compara seus registros com os de outros estudantes? Onde você se senta na sala de aula?
Talvez seja interessante avaliar as anotações do aluno e sugerir mudanças (por exemplo, deixar mais espaço, usar tópicos, anotar exemplos utilizados pelo professor).
3. SUGERIR COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS
Procure saber quantas horas de sono o aluno costuma ter, o quanto dormiu antes da prova e se faz exercício e se alimenta adequadamente (vários estudos já comprovaram o papel essencial do sono para a formação de memórias).
4. RECOMENDAR TUTORIA
Se há essa possibilidade, busque incentivar. Caso contrário, você pode perguntar se o aluno tentou estudar com colegas.
5. DISCUTIR RECONHECIMENTO VERSUS CONHECIMENTO
Tente descrever a diferença entre (1) ler a matéria o suficiente para “reconhecer” o conteúdo como familiar e, prematuramente, concluir que conhece o assunto e o entende e (2) realmente compreender e assimilar. (Você pode até mencionar os trabalhos do psicólogo Hermann Ebbinghaus sobre os benefícios do overlearning – estudar o tema além do que é exigido para memorizá-lo ajuda ainda mais a fixar as informações – ou abordar o curse of knowledge – maldição do conhecimento – para demonstrar que, ao contrário do que acreditam muitos alunos, não basta ter assistido a uma aula ou ter a possibilidade imediata de pesquisar algo na rede ou no material didático para dominar o assunto).
6. ESTIMULAR A AUTOAVALIAÇÃO
Existem questionários científicos gratuitos de autoavaliação da aprendizagem. O projeto Enhancing Teacher Learning (ETL) oferece ferramentas de mensuração que permitem o aluno perceber como está estudando e o que pode melhorar – como o ETL Learning and Studying Questionnaire (LSQ) e o Approaches and Study Skills Inventory for Students (ASSIST). Os textos estão em inglês, disponíveis em www.etl.tla.ed.ac.uk/publications.html#measurement.
7. COMPARTILHAR ESTRATÉGIAS QUE FUNCIONAM
O professor John Hattie reuniu pesquisas de mais de 800 metanálises relacionadas com o desempenho educacional. Ele registrou o impacto dos efeitos de diferentes ações. Intervir para aprimorar comportamentos relacionados com os estudos revelou-se um fator altamente significativo. Essa metanálise e outros trabalhos sobre técnicas de estudo mostram que estratégias específicas são empiricamente comprovadas para dar resultados. Compartilhe com os alunos.
8. ACONSELHAR SOBRE O QUE NÃO FAZER
Pesquisas anteriores sugerem que os estudantes costumam fazer alguns “desvios perigosos”: técnicas de estudo que podem não ser benéficas e envolvem mais tempo de dedicação do que outros métodos mais eficazes. Infelizmente, esses deslizes podem representar comportamentos de estudantes com maior dificuldade acadêmica. É importante, então, que o professor alerte sobre técnicas pouco eficazes e que despendem tempo, como destacar trechos com marca-texto e reler anotações, e explique que há estratégias comprovadamente mais eficazes.
9. AVALIAR OS COMPORTAMENTOS DE ESTUDO DE SEUS ALUNOS
Busque correlacionar os hábitos dos alunos com os resultados de exames e identificar quais comportamentos estão associados com pontuações mais altas. Você pode compartilhar isso com os estudantes para ajudá-los a modificar hábitos educacionais. Por exemplo, o autor deste texto, Regan Gurung, criou uma Lista de Verificação de Comportamento de Estudo, com 35 itens, baseada em pesquisas anteriores e entrevistas com estudantes. Publicada no Journal of the Scholarship of Teaching and Learning, a lista está disponível on-line (em inglês): http://josotl.indiana.edu/article/viewFile/1734/1732.
10. NÃO ESPERE SOLUÇÕES MÁGICAS
É importante ter em mente que não há estratégias que funcionam o tempo todo e para todos os alunos. Diferentes exames exigem abordagens distintas. É possível que testes de múltipla escolha de uma disciplina na área de humanas exijam apenas comportamentos básicos de estudo, enquanto exames que demandem raciocínio lógico requeiram hábitos diferentes.
Fonte: Improving students’ learning with effective learning techniques: promising directions from cognitive and educational psychology. J. Dunlosky e outros. Psychological Science in the Public Interest, 2013.
1. DESCOBRIR COMO O ALUNO ESTUDA
Sugestão de perguntas:
Você leu os capítulos que indiquei antes de fazer a prova? Leu antes de vir para a aula, depois ou somente antes do teste? Quanto tempo de estudo dedicou para fazer a prova? Leu os capítulos uma vez ou mais?
Essas perguntas permitem inferir a frequência com que visitam o conteúdo e verificar o quanto a repetição está relacionada à formação e à evocação de memórias.
2. OBSERVAR A PRESENÇA EM AULA E O HÁBITO DE TOMAR NOTAS
Considerando primeiramente que o aluno frequenta as aulas regularmente, você pode perguntar o seguinte:
Você revisa suas anotações após a aula para corrigir erros? Compara seus registros com os de outros estudantes? Onde você se senta na sala de aula?
Talvez seja interessante avaliar as anotações do aluno e sugerir mudanças (por exemplo, deixar mais espaço, usar tópicos, anotar exemplos utilizados pelo professor).
3. SUGERIR COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS
Procure saber quantas horas de sono o aluno costuma ter, o quanto dormiu antes da prova e se faz exercício e se alimenta adequadamente (vários estudos já comprovaram o papel essencial do sono para a formação de memórias).
4. RECOMENDAR TUTORIA
Se há essa possibilidade, busque incentivar. Caso contrário, você pode perguntar se o aluno tentou estudar com colegas.
5. DISCUTIR RECONHECIMENTO VERSUS CONHECIMENTO
Tente descrever a diferença entre (1) ler a matéria o suficiente para “reconhecer” o conteúdo como familiar e, prematuramente, concluir que conhece o assunto e o entende e (2) realmente compreender e assimilar. (Você pode até mencionar os trabalhos do psicólogo Hermann Ebbinghaus sobre os benefícios do overlearning – estudar o tema além do que é exigido para memorizá-lo ajuda ainda mais a fixar as informações – ou abordar o curse of knowledge – maldição do conhecimento – para demonstrar que, ao contrário do que acreditam muitos alunos, não basta ter assistido a uma aula ou ter a possibilidade imediata de pesquisar algo na rede ou no material didático para dominar o assunto).
6. ESTIMULAR A AUTOAVALIAÇÃO
Existem questionários científicos gratuitos de autoavaliação da aprendizagem. O projeto Enhancing Teacher Learning (ETL) oferece ferramentas de mensuração que permitem o aluno perceber como está estudando e o que pode melhorar – como o ETL Learning and Studying Questionnaire (LSQ) e o Approaches and Study Skills Inventory for Students (ASSIST). Os textos estão em inglês, disponíveis em www.etl.tla.ed.ac.uk/publications.html#measurement.
7. COMPARTILHAR ESTRATÉGIAS QUE FUNCIONAM
O professor John Hattie reuniu pesquisas de mais de 800 metanálises relacionadas com o desempenho educacional. Ele registrou o impacto dos efeitos de diferentes ações. Intervir para aprimorar comportamentos relacionados com os estudos revelou-se um fator altamente significativo. Essa metanálise e outros trabalhos sobre técnicas de estudo mostram que estratégias específicas são empiricamente comprovadas para dar resultados. Compartilhe com os alunos.
8. ACONSELHAR SOBRE O QUE NÃO FAZER
Pesquisas anteriores sugerem que os estudantes costumam fazer alguns “desvios perigosos”: técnicas de estudo que podem não ser benéficas e envolvem mais tempo de dedicação do que outros métodos mais eficazes. Infelizmente, esses deslizes podem representar comportamentos de estudantes com maior dificuldade acadêmica. É importante, então, que o professor alerte sobre técnicas pouco eficazes e que despendem tempo, como destacar trechos com marca-texto e reler anotações, e explique que há estratégias comprovadamente mais eficazes.
9. AVALIAR OS COMPORTAMENTOS DE ESTUDO DE SEUS ALUNOS
Busque correlacionar os hábitos dos alunos com os resultados de exames e identificar quais comportamentos estão associados com pontuações mais altas. Você pode compartilhar isso com os estudantes para ajudá-los a modificar hábitos educacionais. Por exemplo, o autor deste texto, Regan Gurung, criou uma Lista de Verificação de Comportamento de Estudo, com 35 itens, baseada em pesquisas anteriores e entrevistas com estudantes. Publicada no Journal of the Scholarship of Teaching and Learning, a lista está disponível on-line (em inglês): http://josotl.indiana.edu/article/viewFile/1734/1732.
10. NÃO ESPERE SOLUÇÕES MÁGICAS
É importante ter em mente que não há estratégias que funcionam o tempo todo e para todos os alunos. Diferentes exames exigem abordagens distintas. É possível que testes de múltipla escolha de uma disciplina na área de humanas exijam apenas comportamentos básicos de estudo, enquanto exames que demandem raciocínio lógico requeiram hábitos diferentes.
Fonte: Improving students’ learning with effective learning techniques: promising directions from cognitive and educational psychology. J. Dunlosky e outros. Psychological Science in the Public Interest, 2013.
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