Solange Utuari
BNCC e ensino de Arte - Parte II
Não deixe de conferir a primeira parte do artigo BNCC e ensino de Arte.
O termo Artes integradas aparece na BNCC como um campo expandido no estudo das linguagens da arte, uma vez que, principalmente no contexto da contemporaneidade, há inúmeras manifestações artísticas e culturais em que se vê mais de uma linguagem expressa em uma mesma produção artística. São também conhecidas como linguagens híbridas, já que misturam processos, materialidades, códigos e outros aspectos que compõem uma obra artística. No objeto de conhecimento Arte e tecnologia, por exemplo, propõe-se desenvolver habilidades dos estudantes de:
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável. (BRASIL, 2017, p. 211)
Nesse sentido, o professor poderá criar situações de aprendizagem em que os estudantes usem saberes já incorporados na sua vida sociocultural cotidiana nas propostas de criação e análise no universo da arte. Poderá, por exemplo, propor a criação de fóruns virtuais para debates sobre produções artísticas recentes que usam tecnologias, discutir o papel da web na veiculação de imagens e sons, propor o uso responsável e pedagógico de celulares para fotografar, filmar e compartilhar produções artísticas realizadas no ambiente escolar, bem como fazer uso de tecnologias para criar desenhos de animação, fazer edição de foto e vídeo, criar composição musical, projetar imagens em intervenções urbanas e toda uma infinidade de possibilidades que o mundo tecnológico contemporâneo oferece.
Muitas ideias podem deflagrar a construção curricular do ensino de Arte na escola a partir da BNCC, mas, como já afirmamos em forma de metáfora, é preciso olhar para esse documento com visão caleidoscópica. Também é importante ter em mente que a BNCC não traz um roteiro definindo de metodologias e caminhos pedagógicos; ela aponta campos conceituais, ou seja, saberes a serem investigados, experiências artísticas a serem vivenciadas e habilidades básicas a serem desenvolvidas. Nesse universo cabe aos professores perceber o que é essencial ensinar em cada ano e nas diferentes “linguagens artísticas”, citadas na BNCC como “Unidades Temáticas”.
A BNCC ainda convida o professor a pensar e trazer para sua prática ações que garantam a presença das dimensões do conhecimento entendidas como diretrizes, que podem ajudar os professores a compreender melhor como trabalhar para desenvolver o potencial do aluno nos âmbitos de criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão. Vale lembrar que cada uma dessas dimensões do conhecimento está proposta de modo transversal, de modo não sequencial ou hierárquico; assim, podem estar presentes em todas as Unidades Temáticas (linguagens artísticas), nos diferentes campos conceituais (objetos de conhecimento) e colaboram para desenvolver as diferentes habilidades propostas na BNCC.
Vale destacar que essas premissas curriculares supõem o professor como um propositor de percursos poéticos, estéticos, artísticos e educativos. Desse modo, ele precisará refletir para escolher, planejar, realizar, gerenciar projetos e tempos, fazer combinados com os estudantes, envolvendo-os no processo de ensino e aprendizagem de modo a formar sujeitos autônomos e responsáveis, entre outras ações e decisões. Terá também de buscar materiais de apoio. Nesse sentido, a escolha de um livro didático pode ser um facilitador do percurso, mas este deve ser escolhido com critérios e cuidado, a fim de que dialogue com as intencionalidades pedagógicas do professor.
Sabemos que precisamos sempre ter em mente que, ao trilhar seu percurso pedagógico, o professor traz o seu modo de transitar pela vida. Na relação com os estudantes, coloca em contato seu repertório, suas histórias e experiências com o que trazem os estudantes. Assim, é preciso manter-se aberto a perceber o que já sabe e o que precisa descobrir e aprender, envolver-se no fluxo da vida docente, entre deslocamentos, tensões e descobertas de conhecimentos em Arte, estudar sobre os novos e antigos conceitos, contextos, concepções de arte e de ensino de arte. É nesse movimento que pode construir sua autonomia, escolher seu jeito pessoal e poético de se colocar no mundo, tecendo sua história individual e contribuir enquanto sujeito ativo para a história do ensino da Arte.
O termo Artes integradas aparece na BNCC como um campo expandido no estudo das linguagens da arte, uma vez que, principalmente no contexto da contemporaneidade, há inúmeras manifestações artísticas e culturais em que se vê mais de uma linguagem expressa em uma mesma produção artística. São também conhecidas como linguagens híbridas, já que misturam processos, materialidades, códigos e outros aspectos que compõem uma obra artística. No objeto de conhecimento Arte e tecnologia, por exemplo, propõe-se desenvolver habilidades dos estudantes de:
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável. (BRASIL, 2017, p. 211)
Nesse sentido, o professor poderá criar situações de aprendizagem em que os estudantes usem saberes já incorporados na sua vida sociocultural cotidiana nas propostas de criação e análise no universo da arte. Poderá, por exemplo, propor a criação de fóruns virtuais para debates sobre produções artísticas recentes que usam tecnologias, discutir o papel da web na veiculação de imagens e sons, propor o uso responsável e pedagógico de celulares para fotografar, filmar e compartilhar produções artísticas realizadas no ambiente escolar, bem como fazer uso de tecnologias para criar desenhos de animação, fazer edição de foto e vídeo, criar composição musical, projetar imagens em intervenções urbanas e toda uma infinidade de possibilidades que o mundo tecnológico contemporâneo oferece.
Muitas ideias podem deflagrar a construção curricular do ensino de Arte na escola a partir da BNCC, mas, como já afirmamos em forma de metáfora, é preciso olhar para esse documento com visão caleidoscópica. Também é importante ter em mente que a BNCC não traz um roteiro definindo de metodologias e caminhos pedagógicos; ela aponta campos conceituais, ou seja, saberes a serem investigados, experiências artísticas a serem vivenciadas e habilidades básicas a serem desenvolvidas. Nesse universo cabe aos professores perceber o que é essencial ensinar em cada ano e nas diferentes “linguagens artísticas”, citadas na BNCC como “Unidades Temáticas”.
A BNCC ainda convida o professor a pensar e trazer para sua prática ações que garantam a presença das dimensões do conhecimento entendidas como diretrizes, que podem ajudar os professores a compreender melhor como trabalhar para desenvolver o potencial do aluno nos âmbitos de criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão. Vale lembrar que cada uma dessas dimensões do conhecimento está proposta de modo transversal, de modo não sequencial ou hierárquico; assim, podem estar presentes em todas as Unidades Temáticas (linguagens artísticas), nos diferentes campos conceituais (objetos de conhecimento) e colaboram para desenvolver as diferentes habilidades propostas na BNCC.
Vale destacar que essas premissas curriculares supõem o professor como um propositor de percursos poéticos, estéticos, artísticos e educativos. Desse modo, ele precisará refletir para escolher, planejar, realizar, gerenciar projetos e tempos, fazer combinados com os estudantes, envolvendo-os no processo de ensino e aprendizagem de modo a formar sujeitos autônomos e responsáveis, entre outras ações e decisões. Terá também de buscar materiais de apoio. Nesse sentido, a escolha de um livro didático pode ser um facilitador do percurso, mas este deve ser escolhido com critérios e cuidado, a fim de que dialogue com as intencionalidades pedagógicas do professor.
Sabemos que precisamos sempre ter em mente que, ao trilhar seu percurso pedagógico, o professor traz o seu modo de transitar pela vida. Na relação com os estudantes, coloca em contato seu repertório, suas histórias e experiências com o que trazem os estudantes. Assim, é preciso manter-se aberto a perceber o que já sabe e o que precisa descobrir e aprender, envolver-se no fluxo da vida docente, entre deslocamentos, tensões e descobertas de conhecimentos em Arte, estudar sobre os novos e antigos conceitos, contextos, concepções de arte e de ensino de arte. É nesse movimento que pode construir sua autonomia, escolher seu jeito pessoal e poético de se colocar no mundo, tecendo sua história individual e contribuir enquanto sujeito ativo para a história do ensino da Arte.
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